Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20180004
Brazilian Journal of Pain
Original Article

Association between musculoskeletal symptoms and perceived stress in public servants of a Federal University in the South of Brazil

Associação entre sintomas osteomusculares e estresse percebido em servidores públicos de uma Universidade Federal do Sul do Brasil

Letícia Maria da Silva Almeida; Samuel de Carvalho Dumith

Downloads: 0
Views: 435

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: In view of the high prevalence of pain complaints among workers in the country and their consequences in the quality of life and work, the objective of this study was to investigate the association between the perceived stress and the presence of musculoskeletal symptoms among public servants of the Federal University of Rio Grande.

METHODS: Observational, transversal and quantitative study. The survey population comprised all active servants in the second semester of 2016 in any campuses of the Federal University of Rio Grande. Participants received a digital invitation to participate in the survey containing a link that would lead to the questionnaire generated by Google Docs. The questionnaire was composed of questions on demographic data, and two standardized instruments: the Nordic Musculoskeletal Questionnaire and the Perceived Stress Scale. The descriptive analysis was done by absolute and relative frequency. For the bivariate analysis, it was used the Fisher's Exact test. P values were reported for the linear trend test on associations between stress and pain.

RESULTS: Of the total number of eligible servants (n=717), 36.6% participated in the study. The spine was the most reported area of the body with pain symptoms in the last 12 months, and in the last seven days. The least prevalent region of pain was hips / thighs. It was observed that the greater the perceived stress, the greater was the prevalence of musculoskeletal symptoms. It was observed a statistically significant linear trend in almost all assessed anatomic regions.

CONCLUSION: There was a high prevalence of musculoskeletal symptoms in the analyzed population, as well as a strong association between the perceived stress and the presence of these symptoms.

Keywords

Musculoskeletal pain, Psychological stress, Universities, Workers

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Diante da alta prevalência das queixas de dor entre os trabalhadores no país e suas consequências para qualidade de vida e no trabalho. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre o estresse percebido e a presença de sintomas osteomusculares entre servidores públicos da Universidade Federal do Rio Grande.

MÉTODOS: Estudo observacional, transversal e quantitativo. O público da pesquisa foi todos os servidores efetivos que estavam em atividade no segundo semestre de 2016 de qualquer dos campi da Universidade Federal do Rio Grande. Os participantes receberam, por via digital, um convite para participar da pesquisa contendo umlink que remetia ao questionário, gerado peloGoogle Docs. O questionário foi composto por perguntas que inquiriam dados demográficos e duas avaliações padronizadas:Nordic Musculoskeletal Questionnaire e Escala de Estresse Percebido. A análise descritiva tratou-se da frequência absoluta e relativa. Para análise bivariada, utilizou-se o Exato de Fisher. Foram reportados os valores p para o teste de tendência linear nas associações entre o estresse e a dor.

RESULTADOS: Participaram do estudo 36,6% do número total dos servidores (n=717). A região das costas foi a mais prevalente de dor quanto aos sintomas nos últimos 12 meses, e nos últimos sete dias. A região menos prevalente foi quadril/coxas. Verificou-se que quanto maior o estresse percebido, maior foi a prevalência de sintomas osteomusculares. Observou-se tendência linear com significância estatística em quase todas as regiões anatômicas analisadas.

CONCLUSÃO: Constatou-se elevada prevalência de sintomas osteomusculares na população estudada, além da forte associação entre o estresse percebido e a presença destes sintomas.

Palavras-chave

Dor osteomuscular, Estresse psicológico, Trabalhadores, Universidade

References

Martinez JE, Pereira GA, Ribeiro LG, Nunes R, Ilias D, Navarro LG. Study of self-medication for musculoskeletal pain among nursing and medicine students at Pontifícia Universidade Católica - São Paulo. Rev Bras Reumatol. 2014;54(2):90-4.

Silva CD, Ferraz GC, Souza LA, Cruz LV, Stival MM, Pereira LV. Prevalência de dor crônica em estudantes universitários de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2011;20(3):519-25.

Tsang A, Von Korff M, Lee S, Alonso J, Karam E, Angermeyer MC. Common chronic pain conditions in developed and developing countries: gender and age differences and comorbidity with depression-anxiety disorders. J Pain. 2008;9(10):883-91.

Breivik H, Collett B, Ventafridda V, Cohen R, Gallacher D. Survey of chronic pain in Europe: Prevalence, impact on daily life, and treatment. Eur J Pain. 2006;10(4):287-333.

Klaumann PR, Wouk AF, Sillas T. Patofisiologia da dor. Arch Vet Sci. 2008;13(1):1-12.

Malchaire J, Cock N, Vergracht S. Review of the factors associated with musculoskeletal problems in epidemiological studies. Int Arch Occup Environ Health. 2001;74(2):79-90.

Cardoso JP, Araújo TM, Carvalho FM, Oliveira NF, Reis EJ. Psychosocial work-related factors and Musculoskeletal pain among school teachers. Cad Saude Publica. 2011;27(8):1498-506.

Cardoso JP, Ribeiro IQ, Araújo TM, Carvalho FM, Reis EJ. Prevalência de dor musculoesquelética em professores. Rev Bras Epidemiol. 2009;12(4):604-14.

Lindenberg SI, Rosvall M, Choi B, Canivet C, Isacsson SO, Karasek R. Psychosocial working conditions and exhaustion in a working population sample of Swedish middle-aged men and women. Eur J Public Health. 2010;21(2):190-6.

Moen BE, Wieslander G, Bakke JV, Norbäck D. Subjective health complaints and psychosocial work environment among university personnel. Occup Med. 2013;63(1):38-44.

Farias SM, Teixeira OL, Moreira W, Oliveira MA, Pereira MO. Characterization of the physical symptoms of stress in the emergency health care team. Rev Esc Enferm USP. 2011;45(3):722-9.

Fernandes MH, da Rocha VM, da Costa-Oliveira AG. Factors associated with teachers' osteomuscular symptom prevalence. Rev Salud Publica. 2009;11(2):256-67.

Fernandes MH, da Rocha VM, Fagundes AA. Impact of osteomuscular symptoms on the quality of life of teachers. Rev Bras Epidemiol. 2011;14(2):276-84.

Mango MS, Carilho MK, Drabovski B, Joucoski E, Garcia MC, Gomes AR. Análise dos sintomas osteomusculares de professores do ensino fundamental em Matinhos. Fisioter Mov. 2012;25(4):785-94.

Fonseca RM, Carlotto MS. Saúde Mental e Afastamento do Trabalho em Servidores do Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul. Psicol Pesq. 2011;5(2):117-25.

Aguiar GA, Oliveira JR. Absenteísmo: suas principais causas e consequências em uma empresa do ramo de saúde. Rev Ciências Gerenciais. 2009;XIII(18):95-113.

de Cássia Pereira Fernandes R, da Silva Pataro SM, de Carvalho RB, Burdorf A. The concurrence of musculoskeletal pain and associated work-related factors: a cross sectional study. BMC Public Health. 2016;16:628-37.

Assunção AA, Abreu MN. Factor associated with self-reported work-related Musculoskeletal disorders in Brazilian adults. Rev Saude Publica. 2017;51(Suppl1):10s.

Kuorinka I, Jonsson B, Kilbom A, Vinterberg H, Biering-Sørensen F, Andersson G. Standardised Nordic questionnaires for the analysis of musculoskeletal symptoms. Appl Ergon. 1987;18(3):233-7.

Pinheiro FA, Troccoli BT, Carvalho CV. Validity of the Nordic Musculoskeletal Questionnaire as morbidity measurement tool. Rev Saude Publica. 2002;36(3):307-12.

Luft CD, Sanches Sde O, Mazo GZ, Andrade A. Brazilian version of the Perceived Stress Scale: translation and validation for the elderly. Rev Saude Publica. 2007;41(4):606-15.

Cohen S, Kamarck T, Mermelstein R. A global measure of perceived stress. J Health Soc Behav. 1983;24(4):385-96.

Oliveira MM, Andrade SS, Souza CA, Ponte JN, Szwarcwald CL, Malta DC. Problema crônico de coluna e diagnóstico de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) autorreferidos no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol Serv Saúde. 2015;24(2):287-96.

Almeida GF, Ribeiro MH, Silva MA, Branco RC, Pinheiro FC, Nascimento MD. Patologias osteomusculares como causa de aposentadoria por invalidez em servidores públicos do município de São Luiz, Maranhão. Rev Bras Med Trab. 2016;14(1):37-44.

Walsh IA, Corral S, Franco RN, Canetti EE, Alem ME, Coury HJ. Work ability of subjects with chronic musculoskeletal disorders. Rev Saude Publica. 2004;38(2):149-56.

Magnago TS, Lisboa MT, Griep RH, Kirchhof AL, Camponogara S, Nonnenmacher CQ. Condições de trabalho, características sociodemográficas e distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2010;23(2):187-93.

Carvalho AJ, Alexandre NM. Sintomas osteomusculares em professores do ensino fundamental. Rev Bras Fisioter. 2006;10(1):35-41.

Martarello Nde A, Benatti MC. Quality of life and Musculoskeletal symptoms in hospital housekeeping workers. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(2):422-8.

Silva CD, Juvêncio JF. Diagnosis of health-related physical fitness in office workers of the Federal University of Viçosa. Rev Bras Cineantropom Desempenho Humano. 2004;6(1):63-71.

Scopel J, Oliveira PA. Prevalência de sintomas osteomusculares, postura e sobrecarga de trabalho em cirurgiões-dentistas. Rev Bras Med Trab. 2011;9(1):26-32.

Sanchez HM, Gusatti N, Sanchez EG, Barbosa MA. Incidência de dor musculoesquelética em docentes do ensino superior. Rev Bras Med Trab. 2013;11(2):66-75.

Neupane S, Nygård CH. Physical and mental strain at work: Relationships with onset and persistent of multi-site pain in a four-year follow up. Int J Industr Ergon. 2017;60(1):47-52.

Guimarães MA. A influência de um programa de ginástica laboral sobre a diminuição da intensidade da dor corporal. Rev Bras Prescr Fisiol Exerc. 2008;2(7):69-80.

Hall JE. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 2011.

Teixeira MJ, Teixeira WG, Santos FP, Andrade DC, Bezerra SL, Figueiró JB. Epidemiologia clínica da dor musculoesquelética. Rev Med. 2001;80:1-21.

Generaal E, Vogelzangs N, Macfarlane GJ, Geenen R, Smit JH, de Geus EJ. Biological stress systems, adverse life events and the onset of chronic multisite musculoskeletal pain: a 6-year cohort study. Ann Rheum Dis. 2016;75(5):847-54.

Bonzini MM, Bertu L, Veronesi G, Ferrario MM, Conti M, Coggon D. Is musculoskeletal pain a consequence or a cause of occupational stress? A longitudinal study. Arch Occup Environ Health. 2015;88(5):607-12.

Ferreira EA, Marques AP, Matsutani LA, Vasconcellos EG, Mendonça LL. Avaliação da dor e estresse em pacientes com fibromialgia. Rev Bras Reumatol. 2002;42(2):104-10.


Submitted date:
08/26/2017

Accepted date:
01/05/2018

5f15bbcf0e8825ba2f9517ea brjp Articles

BrJP

Share this page
Page Sections