Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20180019
Brazilian Journal of Pain
Editorial

Challenges in pain education in Brazil: where are we going to?

Desafios para a educação em dor no Brasil: para onde estamos indo?

Jamir João Sarda Junior

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During the last years, the Brazilian Society for the Study of Pain (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)) experienced substantial growth. We are recognized by the International Association for the Study of Pain (IASP) as one of the most active chapters and with a great number of members. Our scientific journal, named since the last edition as Brazilian Journal of Pain has been improving its quality and is recognized by the academic community as an important journal. In addition, in the last administrations, we have reinforced the role of the scientific committees, mainly by promoting scientific symposiums more frequently and publishing the Committees’ Journal.

In this regard, the global year of excellence in education in pain is a subject of extreme importance in our field, since that despite all the arduous work of the IASP and the 192 regional chapters, pain is still undertreated. Its slogan, ‘overcoming the gaps between knowledge and practice” clearly reflects the distance that exists between the knowledge produced and the knowledge applied in the population.

Several reasons contribute to this scenario, among them we can highlight the lack of disciplines that address this content in undergraduate courses and the precariousness of public health policies regarding pain management.

Our Brazilian Congress and the activities of the symposiums promoted by the committees are essential to creating awareness in healthcare students and professionals. However, we need to go beyond these activities since the issue of education in pain is considerably broad and complex. It goes from basic knowledge to elements that interfere with treatment compliance, production of educational material, aspects related to new methodologies of education (online courses, inverted classroom, among others), as well as the evaluation of acquired knowledge and the relationship between healthcare professionals and patients.

Therefore, it is necessary to rethink our educational practices, from the content taught to the evaluation methods, as well as the access to the knowledge produced and its translation into the clinical practice. The educational system crisis is a fact for about two decades. I think that this is the appropriate moment to think about this issue concerning the health sector and, in particular, about education and clinical management of pain.

Resumo

Ao longo dos últimos anos temos tido um crescimento substancial da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). Somos reconhecidos pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como um dos capítulos mais atuantes e com um grande número de associados. Nossa revista científica denominada a partir da última edição de Brazilian Journal of Pain tem melhorado sua qualidade e é reconhecida pela comunidade acadêmica como um periódico importante. Além disso, nas últimas gestões, temos implementado sobremaneira a atuação dos comitês científicos, principalmente a partir da realização mais frequente de simpósios científicos e da publicação do Jornal dos Comitês.

Nesse sentido, o ano global de excelência em educação em dor é um tema de extrema importância em nossa área, uma vez que apesar de todo o trabalho árduo da IASP e dos 192 capítulos regionais, a dor ainda é subtratada. Seu slogan, ‘superando as lacunas entre o conhecimento e a prática” reflete com clareza a distância que existe entre o conhecimento produzido e o aplicado na população.

Diversas razões contribuem para esse cenário, dentre elas podemos destacar a falta de disciplinas que abordam esse conteúdo nos cursos de graduação e a precariedade de políticas públicas de saúde no tocante ao manuseio da dor.

Nosso congresso brasileiro e as atividades dos simpósios promovidas pelos comitês são fundamentais para a sensibilização dos estudantes e profissionais de saúde, mas precisamos ir além dessas atividades, pois o tema educação em dor é bastante amplo e complexo, envolvendo desde conhecimentos mínimos, a fatores que interferem na adesão ao tratamento, produção de material educativo, aspectos referentes a novas metodologias de ensino (cursos online, sala de aula invertida, dentre outros), bem como a avaliação do conhecimento adquirido e as relações entre profissionais de saúde e pacientes.

Portanto, é necessário repensarmos nossas práticas educativas, desde o conteúdo ministrado, as formas de avaliação, bem como o acesso ao conhecimento produzido e à translação deste à prática clínica. A crise do sistema de educação já é fato há cerca de duas décadas. Penso que este é o momento adequado para refletirmos sobre este assunto no que diz respeito à área da saúde e, em especial, à formação e manejo clínico da dor.

References

Wilkinson P. Message from Global Year Task Force Chair. IASP; 2018. 1-6p.

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