Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20180022
Brazilian Journal of Pain
Original Article

Quality of life in the elderly with and without chronic pain

Qualidade de vida de idosos com e sem dor crônica

Fatima Ferretti; Aline Cristina Castanha; Elmirian Regina Padoan; Junir Lutinski; Marcia Regina da Silva

Downloads: 1
Views: 389

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: In the last decade, the elderly population has grown worldwide, both in developed and developing countries. Together with the aging process, the prevalence of chronic diseases and consequently the presence of pain are common and may have a strong impact on the quality of life of the elderly. The objective of this study was to evaluate the quality of life of elderly patients with and without chronic pain and to compare the quality of life with the number of chronic pathologies, pain intensity and age range. 

METHODS: A quantitative, descriptive cross-sectional study carried out in a city in the West of the state of Santa Catarina with a sample of 385 senior people living in the urban area. The instruments of analysis were: the Mental State Mini Exam; the general data questionnaire adapted from Morais, Rodrigues e Gerhardt; The WHOQOL-OLD questionnaire, and a visual numerical scale. For the intergroup comparison, the Mann-Whitney test was used, and Pearson’s correlation was used in the correlations.

RESULTS: It was observed the predominance of pain of moderate intensity. Old people with chronic pain have a lower quality of life index than the group without pain regardless the gender, and those who have chronic pain and age above 71 years have a lower quality of life index.

CONCLUSION: The presence of chronic pain, number of diseases, pain intensity, female gender and age group above 71 years negatively influenced the quality of life of the elderly studied.

Keywords

Aging, Chronic pain, Elderly, Physiotherapy, Quality of life

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Na última década, a população idosa cresceu mundialmente, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. A prevalência de doenças crônicas aumenta com a velhice. As de origem osteomioarticular podem ter quadros de dor associado, o que pode produzir impactos na qualidade de vida do idoso. Os objetivos deste estudo foram avaliar a qualidade de vida de idosos com e sem dor crônica e correlacioná-la com o número de doenças crônicas, intensidade de dor e faixa etária.

MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo de corte transversal, realizado em um município do Oeste catarinense, com uma amostra de 385 idosos residentes na área urbana. Utilizou-se como instrumentos de análise o Mini-Exame do Estado Mental; o questionário de dados gerais; o questionário WHOQOL-OLD; e a escala visual numérica da dor. A comparação da qualidade de vida entre idosos com e sem dor crônica foi realizada por meio do teste U de Mann-Whitney, e as correlações foram realizadas pelo teste de correlação de Spearman.

RESULTADOS: Observou-se a predominância de dor de intensidade moderada. Idosos com dor crônica possuem índice de qualidade de vida menor que o grupo sem dor, independentemente do sexo, sendo que aqueles que têm dor crônica e idade maior que 71 anos possuem um menor índice de qualidade de vida.

CONCLUSÃO: Os fatores presença de dor crônica, quantidade de doenças, intensidade da dor e faixa etária acima de 71 anos influenciaram de forma negativa a qualidade de vida dos idosos estudados.

Palavras-chave

Dor crônica, Envelhecimento, Fisioterapia, Idoso, Qualidade de vida

References

Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil. 2011.

Kopf A, Patel NB. Guia para o Tratamento da Dor em Contextos de Poucos Recursos. 2010.

Cunha LL, Mayrink WC. Influência da dor crônica na qualidade de vida em idosos. Rev Dor. 2011;12(2):120-4.

The WHOQOL Group. Psychol Med. 1998;28(3):551-8.

Gault ML, Willems ME. Aging, functional capacity and eccentric exercise training. Aging Dis. 2013;4(6):351-63.

Dellaroza MS, Pimenta CA, Duarte YA, Lebrão ML. [Chronic pain among elderly residents in São Paulo, Brazil: prevalence, characteristics, and association with functional capacity and mobility (SABE Study)]. Cad Saude Publica. 2013;29(2):325-34.

Lima LC, Vilella WV, Bittar CM. Percepção sobre qualidade de vida entre idosos residentes em municípios de pequeno porte e sua relação com a religiosidade/espiritualidade. RBCEH. 2014;11(3):231-44.

Projeção da população do Brasil por sexo e idade, 1980-2050: revisão 2008. 2011.

Crum RM, Anthony JC, Bassett SS, Folstein MF. Population-based norms for the Mini-Mental State Examination by age and educational level. JAMA. 1993;269(18):2386-91.

Morais EP, Rodrigues RA, Gerhardt TE. Os idosos mais velhos no meio rural: realidade de vida e saúde de uma população do interior gaúcho. Texto Contexto Enferm. 2008;17(2):374-83.

Ruviaro LF, Filippin LI. Prevalência de dor crônica em uma Unidade Básica de Saúde de cidade de médio porte. Rev Dor. 2012;13(2):128-31.

Celich KL, Galon C. Dor crônica em idosos e sua influência nas atividades da vida diária e convivência social. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2009;12(3):345-59.

Linden Júnior E, Trindade JL. Avaliação da qualidade de vida de idosos em um município do Sul do Brasil. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013;16(3):473-9.

Maués CR, Paschoal SM, Jaluul O, França CC, Jacob Filho W. Avaliação da qualidade de vida: comparação entre idosos jovens e muito idosos. Rev Bras Clin Med. 2010;8(5):405-10.

Andrade AI, Martins RM. Funcionalidade familiar e qualidade de vida dos idosos. Millenium. 2011;40(16):185-99.

Veras R. Estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas: um modelo em que todos ganham. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2011;14(4):779-86.

Inoue S, Kobayashi F, Nishihara M, Arai YC, Ikemoto T, Kawai T. Chronic pain in the Japanese community- prevalence, characteristics and impact on quality of life. PLoS One. 2015;10(6).

Orfila F, Ferrer M, Lamarca R, Tebe C, Domingo SA, Alonso J. Gender differences in health-related quality of life among the elderly: The role of objective functional capacity and chronic conditions. Soc Sci Med. 2006;63(9):2367-80.

Camelo LV, Giatti L, Barreto SM. Qualidade de vida relacionada à saúde em idosos residentes em região de alta vulnerabilidade para saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. Rev Bras Epidemiol. 2016;19(2):280-93.

Lacerda SM, Gazzola JM, Lopes AP, Lemos ND, Cordeiro RC. Quality of life of elderly patients assisted by a home care program. Rev Bras Geriat Gerontol. 2011;14(2):329-42.

Ferreira OG, Maciel SC, Silva AO, Sá RC, Moreira MA. Significados atribuídos ao envelhecimento: idoso, velho e idoso ativo. Psico-USF. 2010;15(3):357-64.

Santos FC, Moraes NS, Pastore A, Cendoroglo MS. Chronic pain in long-lived elderly: prevalence, characteristics, measurements and correlation with serum vitamin D level. Rev Dor. 2015;16(3):171-5.

Fernandes MT, Soares SM. [The development of public policies for elderly care in Brazil]. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(6):1494-502.

Raggi A, Corso B, Minicuci N, Quintas R, Sattin D, Torres L De. Determinants of quality of life in ageing populations: results from a cross-sectional study in Finland, Poland and Spain. PLoS One. 2016;11(7).

Silveira MM, Pasqualotti A, Colussi EL, Vidmar MF, Wibelinger LM. Abordagem fisioterápica da dor lombar crônica no idoso. Rev Bras Ciênc Saúde. 2010;8(25):56-61.

Carvalho FG. O trabalho da fisioterapia na assistência ao idoso na atenção básica. Caderno Saúde e Desenvolvimento. 2013;3(2):1-34.


Submitted date:
09/23/2017

Accepted date:
04/04/2018

5f1623bb0e8825f12f9517e2 brjp Articles

BrJP

Share this page
Page Sections