Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20190002
Brazilian Journal of Pain
Original Article

Chronic pain in the elderly, associated factors and relation with the level and volume of physical activity

Dor crônica em idosos, fatores associados e relação com o nível e volume de atividade física

Fátima Ferretti; Marcia Regina da Silva; Fabiane Pegoraro; Jéssica Elis Baldo; Clodoaldo Antonio De Sá

Downloads: 0
Views: 451

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Chronic pain is associated with functional limitations in the elderly, negatively affecting the health of this population. The activity and/or physical exercise has been proposed as a non-drug intervention with positive effects in the treatment of chronic pain. Thus, this study aimed to identify the prevalence of chronic pain in the elderly, analyze the factors associated with pain and its relationship with the level and volume of physical activity practice.

METHODS: Quantitative and cross-sectional research with 385 elderly (67.3% women and 32.7% men) who were evaluated regarding the level and volume of physical activity practice, the presence of chronic diseases, presence and intensity of chronic pain.

RESULTS: The prevalence of chronic pain in the sample was 58.2% and was associated with the gender and the presence of chronic diseases (p<0.001). The median pain intensity was higher in sedentary women (p=0.005), as they presented a lower volume of physical activity practices (p<0.001).

CONCLUSION: The prevalence of chronic pain among the evaluated elderly is high and associated with the presence of chronic diseases and to gender, being more prevalent among women. Sedentary or insufficiently active elderly women report higher pain intensity than active and very active women. There is poor correlation indicating that the level of physical activity decreases with increasing pain intensity and the number of chronic diseases. Elderly people with chronic pain have significantly lower volumes of physical activity practice than those who do not.

Keywords

Chronic disease, Chronic pain, Elderly, Physical activity

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor crônica está associada a limitações funcionais em pessoas idosas, afetando negativamente a saúde dessa população. A atividade e/ou exercício físico tem sido proposto como uma intervenção não farmacológica com efeitos positivos no tratamento da dor crônica. Assim, este estudo objetivou identificar a prevalência de dor crônica em idosos, analisar os fatores associados à dor e sua relação com o nível e volume de prática de atividades físicas.

MÉTODOS: Pesquisa quantitativa e transversal com 385 idosos (67,3% mulheres e 32,7% homens) que foram avaliados quanto ao nível e volume de prática de atividades físicas, presença de doenças crônicas, presença e intensidade de dor crônica.

RESULTADOS: A prevalência de dor crônica na amostra estudada foi de 58,2% e foi associada com o sexo e com a presença de doenças crônicas (p<0,001). A mediana da intensidade da dor foi mais alta em mulheres sedentárias (p=0,005), assim como elas apresentaram menor volume de prática de atividades físicas (p<0,001).

CONCLUSÃO: A prevalência de dor crônica entre os idosos avaliados é alta e está associada à presença de doenças crônicas e ao sexo, sendo mais prevalente entre as mulheres. Mulheres idosas sedentárias ou insuficientemente ativas relatam maior intensidade da dor do que as ativas e muito ativas. Há fraca correlação indicando que o nível de atividade física diminui com o aumento da intensidade da dor e o número de doenças crônicas. Idosas com dor crônica apresentam volumes de prática de atividade física significativamente menores do que as que não possuem.

Palavras-chave

Atividade física, Doença crônica, Dor crônica, Idoso

References

Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade Brasil. 2010.

Dellaroza MS, Pimenta CA. Impacto da dor crônica nas atividades de vida diária de idosos da comunidade. Ciênc Cuid Saude. 2012;11(^sSuppl):235-42.

dos Santos FA, de Souza JB, Antes DL, d'Orsi E. Prevalence of chronic pain and its Association with the sociodemographic situation and physical activity in leisure of elderly in Florianópolis, Santa Catarina: population-based study. Rev Bras Epidemiol. 2015;18(1):234-47.

Dellaroza MS, Pimenta CA, Duarte YA, Lebrão ML. Chronic pain among elderly residents in São Paulo, Brazil: prevalence, characteristics, and association with functional capacity and mobility (SABE Study). Cad. Saude Piblica. 2013;29(2):325-34.

Lee IM, Shiroma EJ, Lobelo F, Puska P, Blair SN, Katzmarzyk PT. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012;380(9838):219-29.

Cho SI, An DH. Effects of a fall prevention exercise program on muscle strength and balance of the old-old elderly. J Phys Ther Sci. 2014;26(11):1771-4.

Lopes MA, Krug RR, Bonetti A, Mazo GZ. Barreiras que influenciaram a não adoção de atividade física por longevas. Rev Bras Ciênc Esporte. 2016;38(1):76-83.

Binotto MA, Tassa KO. Atividade física em idosos: uma revisão sistemática baseada no International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Estud Interdiscip Envelhec. 2014;19(1):249-64.

Crum RM, Anthony JC, Bassett SS, Folstein MF. Population-based norms for the Mini-Mental State Examination by age and educational level. JAMA. 1993;269(18):2386-91.

Morais EP. Envelhecimento no meio rural: condições de vida, saúde e apoio aos idosos mais velhos de Encruzilhada do Sul-RS. 2007.

Ciena AP, Gatto R, Pacini VC, Picanço VV, Magno IM, Loth EA. Influência da intensidade da dor sobre as respostas nas escalas unidimensionais de mensuração da dor em uma população de idosos e de adultos jovens. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. 2008;29(2):201-12.

Matsudo SM, Araújo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira LC. Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 2001;6(2):5-18.

Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC, Vasconcelos FF. Perfil sociodemográfico e clínico de idosos atendidos em Unidade Básica de Saúde da Família. Acta Paul Enferm. 2009;22(1):49-54.

Gomes KV, Zazá DC. Motivos de adesão à prática de atividade física em idosas. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 2009;14(2):132-8.

Silva AD, Catão MH. Doenças sistêmicas em idosos não institucionalizados. HU Rev. 2012;37(3):299-303.

Benedetti TR, Mazo GZ, Borges LJ. Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Ciênc Saúde Coletiva. 2012;17(8):2087-93.

Landmark T, Romundstad P, Borchgrevink PC, Kaasa S, Dale O. Associations between recreational exercise and chronic pain in the general population: evidence from the HUNT 3 study. Pain. 2011;152(10):2241-7.

Paulo TR, Gomes IC, Santos VR, Christofaro DG, Castellano SM, Freitas Júnior IF. Atividade física e estado nutricional: fator de proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em idosas?. Rev Bras Promoç Saúde. 2014;27(4):527-32.

Lima AP, Lini EV, Tomicki C, Dellani MP, Portella MR, Doring M. Fatores associados à atividade física em idosos de Estação, Rio Grande do Sul: estudo de base populacional. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2015;20(6):618-22.

Macedo RM, Oliveira MR, Cilião MR, Prosdócimo AC, Macedo AC, França D. Nível de atividade física de idosos participantes de um programa de prevenção de doença cardiovascular. ASSOBRAFIR Ciência. 2015;6(3):11-20.

Leijon ME, Faskunger J, Bendtsen P, Festin K, Nilsen P. Who is not adhering to physical activity referrals, and why?. Scand J Prim Health Care. 2011;29(4):234-40.

Moschny A, Platen P, Klaassen-Mielke R, Trampisch U, Hinrichs T. Barriers to physical activity in older adults in Germany: a cross-sectional study. Int J Behav Nutr Phys Act. 2011;8(121):1-10.

Fernandes BL. Atividade Física no processo de envelhecimento. Rev Portal Divulg. 2014;4(40):43-8.

Callegari-Jacques SM. Bioestatística: princípios e aplicações. 2003.

Sawatzky R, Liu-Ambrose T, Miller WC, Marra CA. Physical activity as a mediator of the impact of chronic conditions on quality of life in older adults. Health Qual Life Outcomes. 2007;5(68):1-11.

Coelho CF, Burini RB. Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Rev Nutr. 2009;22(6):937-46.

Larsson C, Ekval Hansson E, Sundquist K, Jakobsson U. Impact of pain characteristics and fear-avoidance beliefs on physical activity levels among older adults with chronic pain: a population-based, longitudinal study. BMC Geriatr. 2016;16(1):2-8.

Silva NS, Abreu SS, Suassuna PD. Ocorrência de cinesiofobia e fatores associados em idosas com dor crônica musculoesquelética: um estudo piloto. Rev Dor. 2016;17(3):188-91.

Valério MP, Ramos LR. Promoção de atividade física à população idosa: revisando possibilidades. Rev Didática Sistêmica. 2013;15(2):155-73.


Submitted date:
05/06/2018

Accepted date:
09/04/2018

5ef38a390e88257d1c95f0a7 brjp Articles

BrJP

Share this page
Page Sections