Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20190010
Brazilian Journal of Pain
Artigo Original

Palliative care: epidemiological profile with a biopsychosocial look on oncological patients

Cuidados paliativos: perfil com olhar biopsicossocial dentre pacientes oncológicos

Karoline Sampaio Castôr; Ed Carlos Rey Moura; Emanuel Cabral Pereira; Deborah Costa Alves; Thamires Sales Ribeiro; Plínio da Cunha Leal

Downloads: 1
Views: 516

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Palliative care is a set of practices that encompasses patients with life-threatening diseases which approach is no longer curative, but comforting, including care for the family. The objective of this study was to verify the epidemiological profile of cancer patients in palliative care.

METHODS: We interviewed 100 cancer patients in palliative care, as well as the sociodemographic and biopsychosocial variables, using the Karnofsky index, Palliative Performance Scale and Edmonton Symptom Assessment Scale.

RESULTS: The prevalent age group was between 51-60 years (34%), more than half female (77%), incomplete elementary school (40%) and resident in the interior of Maranhão (73%). Concerning the use of pain drugs, 52% reported not forgetting to take their pain drug, while 56% took drug on their own. As to the diagnosis, only 13% of the interviewees were aware of a palliative diagnosis, and more than half of them were aware of primary or oncological diagnosis (65%). Regarding the evaluation of functional capacity, 52% had the Karnofskys index between 70 and 90%; Palliative Performance Scale, 62% between 80 and 90%, and Edmonton Symptom Assessment Scale the following most significant variables in tiredness, (60%); sadness, (84%); anxiety, (73%); lack of appetite, (51%) and absence of well-being (79%).

CONCLUSION: Knowing the profile of patients is key to identify the obstacles to the effective implementation of palliative care, making it possible to implement targeted measures.

Keywords

Epidemiological profile, Oncology, Palliative care

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os cuidados paliativos são um conjunto de práticas que abrangem pacientes portadores de doenças ameaçadoras da vida e cuja abordagem deixa de ser curativa e passa a ser baseada em conforto, incluindo cuidados com a família. O objetivo deste estudo foi verificar o perfil epidemiológico de pacientes oncológicos em cuidados paliativos.

MÉTODOS: Foram entrevistados 100 pacientes oncológicos em cuidados paliativos quanto às variáveis sociodemográficas e biopsicossociais, utilizando-se o índice de Karnofsky, a Escala de Performance Paliativa e a Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton.

RESULTADOS: Observou-se faixa etária mais prevalente entre 51 e 60 anos (34%), mais da metade do sexo feminino (77%), nível escolar fundamental incompleto (40%) e residente no interior do Maranhão (73%). Quanto ao uso de analgésicos, 52% relataram não esquecer de tomar o fármaco para dor; enquanto 56% tomam fármaco por conta própria. Quanto ao diagnóstico, apenas 13% dos entrevistados conhecem o diagnóstico paliativo, e mais da metade conhece o diagnóstico primário ou oncológico (65%). Quanto à avaliação da capacidade funcional, 52% tem índice de Karnofsky avaliado entre 70 e 90%; Escala de Performance Paliativa, 62% estão entre 80 e 90% e Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton as seguintes variáveis mais significantes em cansaço, (60%); tristeza, (84%); ansiedade, (73%); falta de apetite, (51%) e ausência de bem-estar (79%).

CONCLUSÃO: Conhecer o perfil de pacientes é relevante para a identificação pontual de obstáculos na implementação efetiva dos cuidados paliativos. Possibilitando assim, a implementação de medidas direcionadas.

Palavras-chave

Cuidados paliativos, Oncologia, Perfil epidemiológico

Referências

Carvalho RT, Parsons HA. Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2012:40-2.

Magalhães JC. Cuidar em fim de vida: experiências durante a formação inicial de enfermagem. 2009.

Davies E, Higginson IJ. Better palliative care for older people. 2004.

Menezes RA, Ventura M. Ortotanásia, sofrimento e dignidade: entre valores morais, medicina e direito. Rev Bras Ciênc Soc. 2013;28(81):213-29.

Resolução nº 1.931, de 17 de setembro de 2009. Código de Ética Médica. .

Smith R. A good death. BMJ. 2000;320:129-30.

Resolução nº 1.995, de 09 de agosto de 2012. Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes. 2012.

Rustøen T, Cooper BA, Miaskowski C. The importance of hope as a mediator of psychological distress and life satisfaction in a community sample of cancer patients. Cancer Nurs. 2010;33(4):258-67.

Chan EY, Wu HY, Chan YH. Revisiting the palliative performance scale: change in scores during disease trajectory predicts survival. Palliat Med. 2012;27(4):367-74.

Bruera E, Kuehn N, Miller MJ, Selmser P, Macmillan K. The Edmonton Symptom Assessment System (ESAS): a simple method for the assessment of palliative care patients. J Palliat Care. 1991;7(2):6-9.

Monteiro DR, Kruse MH, Almeida MA. Avaliação do instrumento Edmonton Symptom Assessment System em cuidados paliativos: revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(4):785-93.

Alves JED. A transição demográfica e a janela de oportunidade. 2008.

Carneiro LAF, Campino ACC, Leite F, Rodrigues CG, Santos GMM, Silva ARA. Envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro. 2013.

Sinopse do censo demográfico 2010. .

Carvalho FP, Silva SK, Oliveira LC, Fernandes AC, Solano LC, Barreto EL. Conhecimento acerca da política nacional de atenção integral à saúde do homem na estratégia de saúde da família. Rev APS. 2016;16(4):386-92.

Yildirim Y, Kocabiyik S. The relationship between social support and loneliness in Turkish patients with cancer. J Clin Nurs. 2010;19(5-6):832-9.

Prade CF, Casellato G, Silva AL. Cuidados Paliativos e comportamento perante a morte. Psicologia e humanização: assistência aos pacientes grave. 2008:149-58.

Paiva EP, Motta MC, Griep RH. Conhecimentos, atitudes e práticas acerca da detecção do câncer de próstata. Acta Paul. Enferm. 2010;23(1):88-93.

Höfelmann DA, Anjos JC, Ayala AR. Sobrevida em dez anos e fatores prognósticos em mulheres com câncer de mama em Joinville, Santa Catarina, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(6):1813-24.

Thuler LCS, Bergmann A, Casado L. Perfil das pacientes com câncer do colo do útero no Brasil, 2000-2009: estudo de base secundária. Rev Bras Cancerol. 2012;58(3):351-7.

Albano JD, Ward E, Jemal A, Anderson R, Cokkinides VE, Murray T. Cancer mortality in the United States by education level and race. Natl Cancer Inst. 2007;99(18):1384-94.

Hossne WS. Relação médico-paciente: competência do médico. Bioética. 2002:106-18.

Mourão CM, Albuquerque MA, Silva AP, Oliveira MS, Fernandes AF. Comunicação em enfermagem: uma revisão bibliográfica. Rev Rene. 2009;10(3):139-45.

Cuidados Paliativos Oncológicos: controle da dor. 2001.

Costa AI, Chaves MD. Dor em paciente oncológico sob tratamento quimioterápico. Rev Dor. 2012;13(1):45-9.

Miceli AV. Dor crônica e subjetividade em oncologia. Rev Bras Cancerol. 2002;48(3):363-73.

Courneya KS, Friedenreich CM, Sela RA, Quinney HA, Rhodes RE. Correlates of adherence and contamination in a randomized controlled trial of exercise in cancer survivors: an application of the theory of planned behavior and the five factor model of personality. Ann Behav Med. 2002;24(4):257-68.

Pedroso W, Araújo MB, Stevanato E. Atividade física na prevenção e na reabilitação do câncer. Motriz. 2005;11(3):155-60.

Lucchese R, Sousa K, Bonfin SP, Vera I, Santana FR. Prevalência de transtorno mental comum na atenção primária. Acta Paul Enferm. 2014;27(3):200-7.

Stark DP, House A. Anxiety in cancer patients. Br J Cancer. 2000;83(10):1261-7.

Caperuto E, Navarro F. Lipídios, patologias associadas e exercício: câncer/caquexia. Lipídios e exercício: aspectos fisiológicos e do treinamento. 2009:119-30.

Nassar P. Tudo é comunicação. 2003:118-20.

Lévy P. Árvores de Saúde. Interface. 1999;3(4):143-56.

Simpson M, Buckman R, Stewart M, Maguire P, Lipkin M, Novack D. Doctor-patient communication: the Toronto consensus statement. BMJ. 1991;303(6814):1385-7.

Beckman HB, Frankel RM. The effect of physician behavior on the collection of data. Ann Intern Med. 1984;101(5):692-6.

Fiedler RC. A teoria da ação comunicativa de Habermas e uma nova proposta de desenvolvimento e emancipação do humano. Rev Educ. 2006;I(1):93-100.

Hancock K, Clayton JM, Parker SM, Walder S, Butow PN, Carrick S. Discrepant perceptions about endof-life communication: a systematic review. J Pain Symptom Manage. 2007;34(2):190-200.

Chaturvedi SK, Loiselle CG, Chandra PS. Communication with relatives and collusion in palliative care: A cross-cultural perspective. Indian J Palliat Care. 2009;15(1):2-9.

Bermejo J, Villacieros M, Carabias R, Sánchez E, Díaz-Albo B. Conspiración del silencio en familiares y pacientes al final de la vida ingresados en una unidad de cuidados paliativos: nivel de información y actitudes observadas. MEDIPAL. 2013;20(2):49-59.

Takieldin MA. Impacto social y familiar ante la enfermedad incurable. MEDPAL, Interdisciplina y Domicilio. 2010;2(3):13-5.

Dadalto L. Testamento Vital. 2013:95-156.


Submetido em:
19/07/2018

Aceito em:
27/12/2018

5f1f96600e88257650dc6779 brjp Articles

BrJP

Share this page
Page Sections