Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20190023
Brazilian Journal of Pain
Original Article

Sleep alterations in patients with the human immunodeficiency virus and chronic pain

Alterações do sono em pacientes vivendo com o vírus da imunodeficiência humana e dor crônica

Glória Pinto Soares de Aguiar; Jairo Alberto Dussán-Sarria; Andressa de Souza

Downloads: 0
Views: 365

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: In patients with chronic pain, insomnia is reported between 50 and 88% of them. It is essential to recognize sleep disorders to estimate its repercussions on the quality of life and to seek knowledge that supports the necessary interventions. This study aims to identify the possible factors that influence sleep quality, as well as its prevalence in these patients.

METHODS: Sample consisting of 68 patients (58 women, 10 men), the mean age of 45.3±10.3 years, with a positive diagnosis of human immunodeficiency virus undergoing antiretroviral and chronic pain treatment in Porto Alegre, RS. The Pittsburgh Sleep Quality Index was used to assess the components of the scale as well as their overall score. For the classification of the type of chronic pain, the Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs scale was used, which differentiates nociceptive and neuropathic pain.

RESULTS: Patients classified with no pain, nociceptive pain and neuropathic pain. Overall score divided into good sleep, bad sleep and sleep disorder, where patients without pain accounted for 8.8%, 16.2 and 2.9% respectively. With nociceptive pain 4.4, 11.8 and 5.9%, respectively. With neuropathic pain 4.4, 23.5 and 22.1% respectively. Patients with neuropathic pain had the highest rates of poor sleep and sleep disorder, accounting for 50.0% and using more sleeping pills compared to the control group (p<0.05).

CONCLUSION: There is a high prevalence of sleep disorders or poor sleep in patients with the human immunodeficiency virus with neuropathic pain. The importance of assessing the sleep as an essential part of the clinical assessment should be recognized and incorporated without delay by health professionals.

Keywords

Chronic pain, Human immunodeficiency virus, Nursing, Sleep

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em pacientes com dor crônica, a insônia é relatada entre 50 e 88% deles. É fundamental reconhecer as alterações do sono para estimar suas repercussões na qualidade de vida e buscar conhecimentos que respaldem as necessárias intervenções. Este estudo buscou identificar os possíveis fatores que influenciam a qualidade do sono, bem como suas prevalências nesses pacientes.

MÉTODOS: Amostra constituída por 68 pacientes (58 mulheres e 10 homens) com idade média de 45,3±10,3 anos, diagnóstico positivo para o vírus da imunodeficiência humana em tratamento antirretroviral e dor crônica, de uma instituição em Porto Alegre, RS. O Questionário do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh foi usado para a avaliação dos componentes da escala de sono, bem como sua pontuação total. Para a classificação do tipo de dor crônica foi utilizada a escala Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs, que diferencia dor nociceptiva e neuropática.

RESULTADOS: Os pacientes foram classificados em sem dor, dor nociceptiva e dor neuropática. A pontuação global foi dividida em sono bom, sono ruim e distúrbio do sono, onde os pacientes sem dor representaram 8,8, 16,2 e 2,9% respectivamente. Com dor nociceptiva 4,4, 11,8 e 5,9% respectivamente. Com dor neuropática 4,4, 23,5 e 22,1% respectivamente. Os pacientes com dor neuropática apresentaram os maiores índices de sono ruim e distúrbio do sono, representando 50,0% e utilizavam mais fármacos para dormir em comparação com o grupo controle (p<0,05).

CONCLUSÃO: Existe elevada prevalência de distúrbios do sono ou sono ruim em pacientes portadores do vírus com dor neuropática. A importância da avaliação do sono como parte essencial da avaliação clínica deve ser reconhecida e incorporada sem demora pelos profissionais de saúde.

Palavras-chave

Dor crônica, Enfermagem, Sono, Vírus da imunodeficiência humana

References

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. .

Tortora GJ, Grabowski SR. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 2006:444-5.

UNAIDS, Estatísticas. 2016.

Dados Epidemiológicos de DST, HIV/AIDS. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS. 2016.

Marques MC. Saúde e poder: a emergência política da AIDS/HIV no Brasil. Hist Cienc Saúde. 2012;9(^sSuppl):41-65.

Oliveira RM, da Silva LM. Chronic pain related to AIDS: perspective of nurses and doctors. Rev Bras Enferm. 2014;67(1):54-61.

Kraychete DC, Sakata RK. Neuropatias periféricas dolorosas. Rev Bras Anestesiol. 2011;61(5):649-58.

Baron R, Binder A, Wasner G. Neuropathic pain: diagnosis, pathophysiological mechanisms, and treatment. Lancet Neurol. 2010;9:807-19.

Teixeira MJ, Siqueira SRDT. Epidemiologia da dor. Dor: princípios e práticas. 2009:67-70.

Kreling MC, da Cruz DA, Pimenta CA. Prevalence of chronic pain in adult workers. Rev Bras Enferm. 2006;59(4):509-13.

Júnior ED, Sousa MC. Epidemiology of chronic pain and neuropathic pain: developing a questionnaire for population-based surveys. 2003;60(8).

Larue F, Fontaine A, Colleau SM. Underestimation and undertreatment of pain in HIV disease: multicentre study. BMJ. 1997;314(7073):23-8.

Souza JC, Guimaraes LAM. Insônia e Qualidade de Vida. 1999.

Reite M, Ruddy J, Nagel K. Transtornos do Sono. 2004:444-5.

Remião R. Sono - Aspectos Atuais. 1990.

Irwin M, Mascovich A, Gillin JC, Willoughby R, Pike J, Smith TL. Partial sleep deprivation reduces natural killer cell activity in humans. Psychosom Med. 1994;56(6):493-8.

HIV/AIDS Program. Data and statistics. Global Epidemiology. 2016.

Cronfli RT. A importância do sono. Cérebro e Mente: Rev. Eletrônica de divulgação científica em Neurociência. 2003.

O sono normal e a privação de sono. 2017.

Oliveira RM, Silva LM, Pereira ML, Gomes JM, Figueiredo SV, Almeida PC. Dor e analgesia em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. Rev Dor. 2012;13(4):332-7.

Muller MR, Guimaraes SS. Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário e a qualidade de vida. Estud Psicol. 2007;24(4):519-28.

Santos EI, Gomes AM. Vulnerabilidade, empoderamento e conhecimento: memórias e representações de enfermeiros acerca do cuidado. Acta Paul Enferm. 2013;26(5):492-8.

Bertolazi AN, Fagondes SC, Hoff LS, Dartora EG, Miozzo IC, de Barba ME. Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh Sleep Quality Index. Sleep Med. 2011;12(1):70-5.

Schestatsky P, Félix-Torres V, Chaves ML, Câmara-Ehlers B, Mucenic T, Caumo W. Brazilian Portuguese validation of the Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs for patients with chronic pain. Pain Med. 2011;12(10):1544-50.

Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Resolução 466/12. 2012.

Ferreira LT, Ceolim MF. Sleep quality in HIV-positive outpatients. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(4):892-9.

Silva JG, Morgan DA, Alchieri JC, Medeiros HF, Knackfuss MI. Nível de dor associado a variáveis sociodemográficas e clínicas em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana e a síndrome da imunodeficiência adquirida. Rev Dor. 2017;18(1):51-8.

Merskey H, Bogduk N. Classification of chronic pain: descriptions of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. 2017.

Oliveira RM, da Silva LM, Pereira ML, Moura MA. Pain management in patients with AIDS: analysis of the management structure of a reference hospital. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(2):456-63.

Santos VF, Galvão MT, Cunha GH, Lima IC, Gir E. Efeito do álcool em pessoas com HIV: tratamento e qualidade de vida. Acta Paul Enferm. 2017;30(1):94-100.

Smith MT, Haythornthwaite JA. How do sleep disturbance and chronic pain inter-relate? Insights from the longitudinal and cognitive-behavioral clinical trials literature. Sleep Med Rev. 2004;8(2):119-32.

da Costa SV, Ceolim MF. Factors that affect inpatients' quality of seep. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(1):46-52.

Togeiro SM, Smith AK. Métodos diagnósticos nos distúrbios do sono. Rev Bras Psiquiatr. 2005;27(1):8-15.

Reimão RS. Estudo abrangente. 1996.

Vasilceac FA. Estudos confirmam relação entre dor crônica e falta de sono. 2017.

Edwards RR, Almeida DM, Klick B, Haythornthwaite JA, Smith MT. Duration of sleep contributes to next-day pain report in the general population. Pain. 2008;137(1):202-7.

Silva JM, Costa AC, Machado WW, Xavier CL. Avaliação da qualidade de sono em idosos não institucionalizados. ConScientiae Saúde,. 2012;11(1):29-36.

Norman SE, Chediak AD, Freeman C, Kiel M, Mendez A, Duncan R. Sleep disturbances in men with asymptomatic human immunodeficiency (HIV) infection. Sleep. 1992;15(2):150-5.

Cruess DG, Antoni MH, Gonzalez J, Fletcher MA, Klimas N, Duran R. Sleep disturbance mediates the association between psychological distress and immune status among HIV-positive men and women on combination antiretroviral therapy. J Psychosom Res. 2003;54(3):185-9.

Dor e Sono. 2017.

Galvão MT, Soares LL, Pedrosa SC, Fiuza ML, Lemos LA. Quality of life and adherence to antiretroviral medication in people with HIV. Acta Paul Enferm. 2015;28(1):48-53.

Redeker NS. Sleep in acute care settings: a integrative review. J Nurs Scholarsh. 2000;32(1):31-8.

Coren S. Ladrões de sono: um alerta sobre o risco de contrariar nosso relógio biológico. 1996.

Distúrbios do sono. 2017.

Nokes KM, Kendrew M. Sleep quality in people with HIV disease. J Assoc Nurses AIDS Care. 1996;7(3):43-50.

Bergamasco EC, Cruz DA. Alterações do sono: diagnósticos frequentes em pacientes internados. Rev. Gaúcha Enferm. 2006;27(3):356-63.

Horta WA. Processo de enfermagem. 1979.

Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificações 2009-2011. 2010.


Submitted date:
08/01/2018

Accepted date:
03/18/2019

5f21cffa0e8825d807e56d7d brjp Articles

BrJP

Share this page
Page Sections