Cortical plasticity following intramuscular lidocaine injection
Injeção intramuscular de lidocaína e plasticidade cortical
Julie Azevedo Araújo Valente, Janine Ribeiro Camatti, Maria José Ramalho, Iasmyn Adélia Victor Fernandes de Oliveira, Fuad Ahmad Hazime, Abrahão Fontes Baptista
Abstract
BACKGROUND AND OBJECTIVES: The manipulation of peripheral neuronal activity can alter the excitability of the primary motor cortex; however, it is not known whether this occurs after intramuscular injections of lidocaine. Therefore, the investigation focused on neurophysiological changes, assessed with transcranial magnetic stimulation, after lidocaine (0.5mL, 2%) injection in the first dorsal interosseous muscle of the dominant hand of healthy individuals.
METHODS: Exploratory, double-blind, parallel laboratory study. Twenty-eight healthy subjects (mean age: 29.6 years, 15 women). Measurements with transcranial magnetic stimulation included resting motor threshold, motor evoked potential, intracortical facilitation, and short intracortical inhibition. Lidocaine injection (LID group) was compared to dry needling (DRY group), saline injection (SAL group), and no intervention (CTL group). Participants were randomly placed in each group. Muscle strength and measures of peripheral excitability (rheobase and chronaxie) were also evaluated to detect whether the interventions generated changes in the peripheral neuromuscular excitability. Evaluations were performed over four time points: immediately before and after intervention and 30 and 60 minutes after intervention.
RESULTS: A generalized linear model was used to identify differences between the LID, DRY, and SAL groups and the CTL group. The results showed that motor evoked potentials were modified in the LID group (p<0.005).
CONCLUSION: The injection of lidocaine into the first dorsal interosseous muscle in the dominant hand of healthy adults alters motor evoked potentials.
Keywords
Resumo
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A manipulação da atividade neuronal periférica pode alterar a excitabilidade do córtex motor primário; entretanto, não se sabe se esse fenômeno ocorre após a injeção intramuscular de lidocaína. Investigaram-se alterações eletrofisiológicas através de estimulação magnética transcraniana após injeção de lidocaína (0,5mL, 2%) no músculo primeiro interósseo dorsal da mão dominante de indivíduos saudáveis.
MÉTODOS: Estudo paralelo, exploratório, duplo-cego, realizado em laboratório. Vinte e oito voluntários saudáveis (idade média: 29,6 anos, 15 mulheres). Foram avaliados através de estimulação magnética transcraniana no limiar motor de repouso, potencial evocado motor, facilitação intracortical e inibição intracortical. A injeção de lidocaína (grupo LID) foi comparada com agulhamento a seco (grupo DRY), injeção de solução salina (grupo SAL) e nenhuma intervenção (grupo CTL). Os participantes foram distribuídos randomicamente em cada grupo. Força muscular e medidas de excitabilidade periférica (reobase e cronaxia) foram também estudadas. As avaliações ocorreram em quatro momentos: imediatamente antes e após a intervenção e 30 e 60 minutos após a intervenção.
RESULTADOS: Foi utilizado modelo linear generalizado para identificar as diferenças entre os grupos LID, DRY, SAL e CTL. Os resultados mostraram que o potencial evocado motor foi modificado no grupo LID (p<0,005).
CONCLUSÃO: Em indivíduos saudáveis, a injeção de lidocaína intramuscular pode alterar o potencial evocado motor.
Palavras-chave
Submetido em:
10/10/2021
Aceito em:
17/04/2021