Brazilian Journal of Pain
https://brjp.org.br/article/doi/10.5935/2595-0118.20230004-en
Brazilian Journal of Pain
Artigo de Revisão

Cannabinoid therapy within the Unified Health System, perspectives in relation to pain treatment

A terapia com canabinoides e perspectivas em relação ao tratamento da dor no Sistema Único de Saúde

Hygor Kleber Cabral Silva; Rafaela Fernandes Lourenco

Downloads: 1
Views: 159

Abstract

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Pain is “an unpleasant sensory and emotional experience associated with, or resembling that associated with, actual or potential tissue damage”, which, in excess of its protective function beyond three months is considered chronic pain, which in the long term can have its own clinical course. Given the scientific advances on the therapeutic effects of cannabinoids, the article brings a proposal for reflection as the Brazilian public health system (SUS – Sistema Único de Saúde), through medical cannabis, could offer better therapies for the treatment of conditions such as chronic pain. 
CONTENTS: A narrative review was elaborated in databases such as Pubmed, Medline and Scielo. Considering the SUS Guidelines, the incorporation and access to medicinal cannabis can be understood as a strategy of social justice and reduction of inequities, because it is effective and safe in the treatment of chronic conditions, besides that the system already has strategies and policies aimed at regulating and distributing herbal medicines. Chronic pain is a prevalent condition, affects more than 2 billion people worldwide, and can be considered a global crisis. In Brazil, its prevalence varies between 23.02% and 76.17%, being higher in the elderly and female individuals. Despite this, in many cases, conventional treatments do not generate the analgesics effects expected, in addition to causing important adverse effects. 
CONCLUSION: Cannabis sativa L.  has great potential to become one of the best alternatives for chronic pain to be incorporated into herbal access programs around the country, such as in the SUS’ Farmácia Viva project.

Keywords

Cannabinoids, Chronic pain, Complementary therapies, Delivery of health care, Phytotherapy

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor é “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou não a uma lesão tecidual real ou potencial” que ao exceder sua função de proteção, além de três meses, é considerada dor crônica, que à longo prazo pode ter seu próprio curso clínico. Diante dos avanços científicos acerca dos efeitos terapêuticos dos canabinoides, este artigo traz uma proposta de reflexão sobre como o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da medicina canábica, poderia ofertar melhores terapêuticas para o tratamento de condições que cursam com dor crônica. 
CONTEÚDO: Foi elaborada uma revisão narrativa em bancos de dados como Pubmed, Medline e Scielo. Considerando as diretrizes do SUS, a incorporação e acesso a cannabis medicinal pode ser entendida como estratégia de justiça social e redução de inequidades, por ser eficaz e segura no tratamento de condições crônicas, além de que o sistema já conta com estratégias e políticas voltadas para regulamentação e distribuição de fitoterápicos. Dor crônica é uma condição prevalente, afeta mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo e pode ser considerada uma crise global. No Brasil, sua prevalência varia entre 23,02% e 76,17%, sendo maior em idosos e em pessoas do sexo feminino. Apesar disso, em muitos casos, os tratamentos convencionais não geram os efeitos analgésicos esperados, além de causarem efeitos adversos importantes. 
CONCLUSÃO: A Cannabis sativa L. tem um grande potencial de se tornar uma das melhores alternativas para dor crônica a ser incorporada nos programas de acesso a fitoterápicos no país, como no programa Farmácia Viva, do SUS.

Palavras-chave

Canabinoides, Dor crônica, Fitoterapia, Prestação de cuidados de saúde, Terapias complementares.

Referências

1 InternationalAssociation for PainStudies – IASP [internet], 2020 [citado em 06 jun 22]. Disponível em: https://www.iasp-pain.org/resources/terminology/#pain).

2 Loeser JD, Treede RD. The Kyoto protocol of IASP basic pain terminology. Pain. 2008;137(3):473-7.

3 Treede RD, Rief W, Barke A, Aziz Q, Bennett MI, Benoliel R, Cohen M, Evers S, Finnerup NB, First MB, Giamberardino MA, Kaasa S, Korwisi B, Kosek E, Lavand’homme P, Nicholas M, Perrot S, Scholz J, Schug S, Smith BH, Svensson P, Vlaeyen JWS, Wang SJ. Chronic pain as a symptom or a disease: the IASP Classification of Chronic Pain for the International Classification of Diseases (ICD-11). Pain. 2019;160(1):19-27.

4 Wiese B, Wilson-Poe AR. Emerging evidence for cannabis role in opioide use disorder. Cannabis and cannabinoid research. 2018; 3(1): 179-189.

5 Devane WA, Hanus L, Breuer A, Pertwee RG, Stevenson LA, Griffin G, Gibson D, Mandelbaum A, Etinger A, Mechoulam R. Isolation and structure of a brain constituent that binds to the cannabinoid receptor. Science. 1992;258(5090):1946-9

6 Mechoulam R, Ben-Shabat S, Hanus L, Ligumsky M, Kaminski NE, Schatz AR, Gopher A, Almog S, Martin BR, Compton DR, et al. Identification of an endogenous 2-monoglyceride, present in canine gut, that binds to cannabinoid receptors. Biochem Pharmacol. 1995;50(1):83-90.

7 Sugiura T, Kondo S, Sukagawa A, Nakane S, Shinoda A, Itoh K, Yamashita A, Waku K. 2-Arachidonoylglycerol: a possible endogenous cannabinoid receptor ligand in brain. Biochem Biophys Res Commun. 1995;215(1):89-97.

8 Mechoulam R, Fride E, Di Marzo V. Endocannabinoids. Eur J Pharmacol. 1998;359(1):1-18.

9 Maldonado R, Baños JE, Cabañero D. The endocannabinoid system andneuropathicpain. Pain. 2016;157(Suppl 1)S23-S32.

10 Klinger-Gratz P P, Ralvenius WT, Neumann E, Kato A, Nyilas R, Lele Z, Katona I, Zeilhofer HU. Acetaminophen relieves inflammatory pain through CB1 Cannabinoid Receptors in the Rostral Ventromedial Medulla. J Neurosci. 2018;38(2):322-34.

11 Guindon J, Hohmann AG. The endocannabinoid system andpain. CNS Neurol Disord Drug Targets. 2009;8(6):403-21.

12 Mechoulam R, Parker LA. The endocannabinoid system andthebrain. Annu Rev Psychol. 2013;64:21-47.

13 Maayah ZH, Takahara S, Ferdaoussi M, Dyck JRB. The anti-inflammatory and analgesic effects of formulated full-spectrum cannabis extract in the treatment of neuropathic pain associated with multiplesclerosis. Inflamm Res. 2020;69(6):549-58.

14 Anand U, Pacchetti B, Anand P, Sodergren MH. Cannabis-based medicines and pain: a review of potential synergistic and entourage effects. Pain Manag. 2021;11(4):395-403.

15 Ferber SG, Namdar D, Hen-Shoval D, Eger G, Koltai H, Shoval G, Shbiro L, Weller A. The “Entourage Effect”: terpenes coupled with cannabinoids for the treatment of mood disorders and anxiety disorders. Curr Neuropharmacol. 2020;18(2):87-96.

16 Pacher P, Kogan NM, Mechoulam R. Beyond THC and endocannabinoids. Annu Rev Pharmacol Toxicol. 2020;60:637-59.

17 Russo EB. Taming THC: potential cannabis synergy and phytocannabinoid-terpenoid entourage effects. Br J Pharmacol. 2011;163(7):1344-64.

18 Gurgel HLC, Lucena GGC, Faria MD, Maia GLA. Uso terapêutico do canabidiol: a demanda judicial no estado de Pernambuco, Brasil. Saúde e Soc. 2019;28(3):283-95.

19 Hounie AG. Tratado de Cannabis Medicinal: fundamentos para a prática clínica. Porto Alegre: Farol 3. 2022; 1353-68p.

20 Brasil. Resolução RDC nº 03 de 26 de janeiro de 2015. Dispõe sobre a atualização do Anexo I, Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial da União. 2015;19(1)53. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32132854/do1-2015-01-28-resolucao-rdc-n-3-de-26-de-janeiro-de-2015-32132677.

21 Brasil. Resolução RDC nº 676 de 28 de abril de 2022. Dispõe sobre a atualização do nexo I (Listas de Substância Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial) da Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio d 1998. Diário Oficial da União. 2022;80(1):562. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/copy_of_RDC6762022.pdf.

22 Oliveira MB, Vieira MS, Akerman M. O autocultivo de Cannabis e a tecnologia social. Saude Soc. 2020;29:e190856.

23 Brucki SMD, Adoni T, Almeida CMO, Andrade DC, Anghinah R, Barbosa LM, Bazan R, Carvalho AAS, Carvalho W, Christo P P, Coletta MD, Conforto AB, Correa-Neto Y, Engelhardt E, França Junior MC, Franco C, VON Glehn F, Gomes HR, Houly CGB, Kaup AO, Kowacs F, Kanashiro A, Lopes VG, Maia D, Manreza M, Martinez ARM, Martinez SCG, Nader SN, Neves LO, Okamoto IH, Oliveira RAA, Peixoto FM, Pereira CB, Saba RA, Sampaio LPB, Schilling L P, Silva MTT, Silva ER, Smid J, Soares CN, Sobreira-Neto M, Sousa NAC, Souza LC, Teive HAG, Terra VC, Vale M, Vieira VMG, Zanoteli E, Prado G. Cannabinoids in Neurology - Position paper from Scientific Departments from Brazilian Academy of Neurology. Arq Neuropsiquiatr. 2021;79(4):354-69.

24 Katchan V, David P, Shoenfeld Y. Cannabinoids and autoimmune diseases: a systematic review. Autoimmun Rev. 2016;15(6):513-28.

25 Russo EB. Clinical endocannabinoid deficiency reconsidered: current research supports the theory in migraine, fibromyalgia, irritable bowel, and other treatment-resistant syndromes. Cannabis Cannabinoid Res. 2016;1(1):154-65.

26 Whiting PF, Wolff RF, Deshpande S, Di Nisio M, Duffy S, Hernandez AV, Keurentjes JC, Lang S, Misso K, Ryder S, Schmidlkofer S, Westwood M, Kleijnen J. Cannabinoids for medical use: a systematic review and meta-analysis. JAMA. 2015;313(24):2456-73.

27 Elias CDSR, da Silva LA, Martins MTD, Ramos NAP, de Souza MDGG, Hipolito RL. Quando chega o fim? Uma revisão narrativa sobre terminalidade do período escolar para alunos deficientes mentais. SMAD. 2012;8(1):48-53.

28 Noronha JC, Lima LD, Machado CV. O Sistema Único de Saúde – SUS. In: Giovanellaa L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI, editores. Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2012. 365-93p.

29 Brasil. Carta dos direitos dos usuários da saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. 28p. Disponível em: http://189.28.128.100/portal/arquivos/pdf/cartilha_ilustrada_direitos_2006.pdf.

30 Brasil. Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Diário Oficial da União. 2006. Disponível em http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/decreto5813_22_06_06.pdf.

31 Brasil. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. 92p. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnpic.pdf.

32 Mattos G, Camargo A, Sousa CA, Zeni ALB. Plantas medicinais e fitoterápicos na Atenção Primária em Saúde: percepção dos profissionais. Cien Saude Colet. 2018;23:3735-44.

33 Brasil. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde. 2012;(31):p156. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/praticas_integrativas_complementares_plantas_medicinais_cab31.pdf.

34 Júnior ET. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o SUS. Estud Av. [online]. 2016;30(86):99-112.

35 Brasil. Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2016; 190p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_programa_nacional_plantas_medicinais_fitoterapicos.pdf

36 Brasil. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Brasília: Anvisa, 2021. 126p. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/arquivos/2021-fffb2-final-c-capa2.pdf.

37 Haraguichi LMM, Sañudo A, Rodrigues E, Cervigni H, Carlini ELA. Impacto da capacitação de profissionais da rede pública de saúde de São Paulo na prática de fitoterapia. Rev Bras Educ Med. 2020;44(1):e017.

38 Brasil. Portaria nº 886, de 20 de abril de 2010. Institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt0886_20_04_2010.html

39 Pereira JBA, Rodrigues MM, Morais IR, Vieira CRS, Sampaio JPM, Moura MG, Damasceno MFM, Silva JN, Calou IBF, Deus FA, Peron A P, Abreu MC, Militão MC, Ferreira PMP. O papel terapêutico do Programa Farmácia Viva e das plantas medicinais. Rev Bras Plantas Med. 2015;17(4):550-61.

40 Soares AAP, Silva ACR, Neto JHA, Cavalcante ALC, Melo O F, Siqueira RMP. Aceitação de fitoterápicos por prescritores da atenção primária à saúde. SANARE-Revista de Políticas Públicas. 2018;17(2):40-8.

41 OMS, 1984 apud MEC Brasil, 2022 – Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro092.pdf

42 Aguiar DP, Souza CP, Barbosa WJ, Santos-Júnior FF, Oliveira AS. Prevalência de dor crônica no Brasil: revisão sistemática. BrJP. 2021;4(3):257-67.

43 Vasconcelos FH, Araújo GC. Prevalência de dor crônica no Brasil: estudo descritivo. BrJP. 2018;1(2):176-9.

44 Gureje O, Von Korff M, Simon GE, Gater R. Persistent pain and well-being: a World Health Organization Study in Primary Care. JAMA. 1998;280(2):147-51.

45 Dellaroza MSG, Pimenta CAM, Duarte YA, Lebrão ML. Dor crônica em idosos residentes em São Paulo, Brasil: prevalência, características e associação com capacidade funcional e mobilidade (Estudo SABE). Cad Saude Publica. 2013;29(2) 325-34.

46 Santos FA, Souza JB, Antes DL, d’Orsi E. Prevalência de dor crônica e sua associação com a situação sociodemográfica e atividade física no lazer em idosos de Florianópolis, Santa Catarina: estudo de base populacional. Rev Bras Epidemiol. 2015;18(1):234-47.

47 Sá KN, Baptista A F, Matos MA, Lessa Í. Chronic pain and gender in Salvador population, Brazil. Pain. 2008;139(3):498-506

48 Turner JA, Franklin G, Fulton-Kehoe D, Egan K, Wickizer TM, Lymp J F, Sheppard L, Kaufman JD. Prediction of chronic disability in work-related musculoskeletal disorders: a prospective, population-based study. BMC Musculoskelet Disord. 2004;5:14.

49 Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME). The Global Burden of Disease: Generating Evidence, Guiding Policy. USA: IHME; 2013. Disponível em: http://www.healthmetricsandevaluation.org.

50 Fayaz A, Croft P, Langford RM, Donaldson LJ, Jones GT. Prevalenceofchronicpain in the UK: a systematic review and meta-analysisofpopulationstudies. BMJ Open. 2016;6(6):e010364.

51 de Souza JB, Grossmann E, Perissinotti DMN, de Oliveira Junior JO, da Fonseca PRB, Posso I P. Treatments, perception, and interference on life activities: Brazilian population-based survey. Pain Res Manag. 2017;2017:4643830.

52 Solé E, Racine M, Tomé-Pires C, Galán S, Jensen M P, Miró J. Social factors, disability, and depressive symptoms in adults with chronic pain. Clin J Pain. 2020;36(5):371-8.

53 Silva JP, Ribeiro CJ, Nunes MS, Oliveira MC. Efeito analgésico da acupuntura em pacientes com angina estável: revisão interativa. BrJP. 2022;5(1):68-71

54 Machado RS, Silva JC, Silva AS. Eficácia da hipnose no manejo da dor não procedimental: revisão sistemática. BrJP. 2021;4(3):268-75.

55 Guindon J, Walczak JS, Beaulieu P. Recent advances in the pharmacological management of pain. Drugs. 2007;67(15):2121-33.

56 Kolodny A, Courtwright DT, Hwang CS, Kreiner P, Eadie JL, Clark TW, Alexander GC. The prescription opioid and heroin crisis: a public health approach to an epidemic of addiction. Annu Ver Public Health. 2015;36:559-74.

57 Bhaskar A, Bell A, Boivin M, Briques W, Brown M, Clarke H, Cyr C, Eisenberg E, de Oliveira Silva R F, Frohlich E, Georgius P, Hogg M, Horsted TI, MacCallum CA, Müller-Vahl KR, O’Connell C, Sealey R, Seibolt M, Sihota A, Smith BK, Sulak D, Vigano A, Moulin DE. Consensus recommendations on dosing and administration of medical cannabis to treat chronic pain: results of a modified Delphi process. J Cannabis Res. 2021;3(1):22.

58 McKee KA, Hmidan A, Crocker CE, Lam RW, Meyer JH, Crockford D, Trépanier A, Aitchison KJ, Tibbo PG. Potential therapeutic benefits of cannabinoid products in adult psychiatric disorders: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. J Psychiatr Res. 2021;140:267-81.

59 Busse JW, Vankunkelsven P, Zeng L, Heen AF, Marglen A, Campbell F, Granan L P, Artgeerts B, Buchbinder R, Coen M, Juurlink D, Samer C, Siemieniuk B, Nimisha K, Cooper L, Brown J, Lytvyn L, Zaraatkar D, Wang L, Guyatt GH, Vandvik PO, Agoritsas T. Medical cannabis or cannabinoids for chronic pain: a clinical practice guideline. BJM. 2021;374:n2040.
 


Submetido em:
20/06/2022

Aceito em:
30/01/2023

65174abea953954c190fc453 brjp Articles

BrJP

Share this page
Page Sections