The decision-making skills of Brazilian physical therapists for patients with red flags
Capacidade da tomada de decisão dos fisioterapeutas brasileiros para pacientes com bandeiras vermelhas
Thayse Cassaniga; Marcelo Pandolfo; Débora Ewelyn Scheidt; Carlos Emílio Ladeira; Clóvis Arlindo de Sousa; Marcelo Anderson Bracht
Abstract
Keywords
Resumo
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O objetivo da triagem de bandeiras vermelhas é garantir que sinais e sintomas que levantam suspeitas de doenças graves sejam considerados durante a avaliação, auxiliando os fisioterapeutas no seu processo de decisão clínica. Os fisioterapeutas brasileiros são autônomos e podem atuar como profissionais de primeiro contato no manejo de distúrbios musculoesqueléticos, portanto, precisam saber reconhecer, rastrear e encaminhar pacientes com bandeiras vermelhas para melhor manejo terapêutico. Os objetivos deste estudo foram verificar se os fisioterapeutas brasileiros conseguem reconhecer e tratar pacientes que apresentavam bandeiras vermelhas, comparar as habilidades dos profissionais com diferentes níveis de formação acadêmica e experiência clínica e identificar quais fatores podem influenciar os resultados.
MÉTODOS: Uma pesquisa transversal e quantitativa foi realizada, coletada através de um questionário online. O público-alvo consistiu em fisioterapeutas brasileiros com experiência clínica no manejo de pacientes com disfunções musculoesqueléticas. Os participantes preencheram dados demográficos e tomaram decisões clínicas com base em seis casos clínicos criados pelos autores, com base na literatura, e revisados por três especialistas. Os dados foram analisados por estatísticas descritivas, pelo teste qui-quadrado de independência e por regressão logística.
RESULTADOS: Foram analisadas 384 respostas de fisioterapeutas brasileiros com experiência clínica em disfunções musculoesqueléticas. Os fisioterapeutas brasileiros, em geral, não demonstraram ser capazes de reconhecer e manejar adequadamente os casos clínicos envolvendo bandeiras vermelhas, com 23,2% da amostra realizando manejo adequado para condições médicas, 53,9% para condições de emergência e 61,8% para condições médicas com disfunção musculoesquelética associada. Mais anos de experiência clínica e educação pós-profissional não influenciaram positivamente os resultados. Graus acadêmicos mais elevados (Doutorado) podem influenciar positivamente no manejo de condições médicas não emergenciais.
CONCLUSÃO: Fisioterapeutas brasileiros que atuam com pacientes com disfunções musculoesqueléticas apresentam um mau desempenho na identificação de bandeiras vermelhas em casos clínicos hipotéticos.
Palavras-chave
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Submetido em:
19/05/2023
Aceito em:
17/01/2024